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O amadurecimento do uso do certificado digital e as tendências em 2022

A prática na emissão de certificados digitais está presente há pouco mais de duas décadas no Brasil

Autor: Marcos FigueiredoFonte: O Autor

A prática na emissão de certificados digitais está presente há pouco mais de duas décadas no Brasil. Nos primeiros dez anos, foi muito utilizada por pessoas jurídicas mas a medida que as ferramentas digitais foram evoluindo, aumentou a necessidade das pessoas físicas fazerem uso desta carteira de identidade eletrônica.

Ainda, com o avanço dos negócios digitais e a nossa presença assídua no mundo virtual, a necessidade de provar “quem somos” é cada vez maior, principalmente num momento com tantas informações falsas e diferentes perigos digitais. Se antes tínhamos um login para cada sistema, cadastros individuais e inúmeras senhas com sistemas não integrados, hoje este antigo cenário se tornou arcaico e disfuncional, o que é provado pelo próprio portal do Governo com suas atualizações constantes e repentinas.

Com a chegada da pandemia em 2020 e seu agravamento, a única solução foi repensar a maneira que vivíamos, analisar os inúmeros processos presenciais que faziam parte da rotina e as incontáveis burocracias para qualquer licenciamento ou controle de identificação. Neste contexto, a melhor alternativa para se adaptar ao novo cenário foi se fazer presente através dos meios de comunicação ou da tecnologia. Assim, os cadastros e acessos públicos foram unificados e o uso das plataformas do governo deixou de ser apenas rotina de contadores, bancos ou dos órgãos públicos.


Por esses motivos um documento, ou melhor, uma ferramenta para criptografia digital de assinatura, ganhou uma importância maior em nossas vidas: o certificado digital. Instituído no Brasil em agosto de 2001, a partir da publicação da Medida Provisória nº 2.200, que regulamenta as atividades da Infraestrutura de Chaves Públicas do Brasil (ICP-Brasil) e as suas atividades, o certificado digital é usado para qualquer comunicação com os órgãos públicos, atestados ou assinaturas. Além disso, existe uma grande infraestrutura tecnológica por trás que garante fé pública, ou seja, um documento assinado por ele tem a mesma validade jurídica de um documento assinado e reconhecido em cartório.

A prova de que essa ferramenta veio para ficar são os mais de sete milhões de certificados emitidos apenas em 2021 frente ao ano anterior, segundo o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). Terminamos o ano com 10,7 milhões de certificados ativos! Esse crescimento se deu porque a certificação evita a soma de gastos com cartórios, incômodos com locomoção e filas, burocracias e uma alta demanda de tempo num momento em que, mais do que nunca, tempo é dinheiro. Outro ponto importante é a existência de uma cadeia de validação por trás da assinatura digital, que faz com que o ICP-BRASIL (órgão regulamentador da tecnologia) ateste que aquele documento foi de fato assinado por você ou pelo procurador.

Tendências na certificação digital para 2022

É possível notar que a certificação digital está diretamente ligada ao avanço tecnológico, portanto, quanto mais inovações surgirem, maior será o número de emissões de certificados, devendo utrapassar 8.579.874 no Brasil em 2022. Entre as três principais tendências estão o certificado em nuvem, que garante o acesso de qualquer local, com um computador ou smartphone, sem precisar transportar um suporte físico; a auto emissão online, que pode ser feita na plataforma pela própria pessoa de forma rápida e prática, emitindo o certificado em até 24 horas; e o acesso unificado através do certificado, que permite nossa entrada nos serviços digitais com um único login e uma única senha, sem a necessidade de criar diversos cadastros.

Podemos concluir que é preciso esquecer a ideia de o certificado digital possa ser apenas um documento para fins burocráticos e aceitar que é, na verdade, uma ferramenta de tecnologia que está em constante evolução e que veio para facilitar a nossa rotina. Para entender, basta fazer a seguinte pergunta: afinal prefiro ter meu
RG, CPF, CNH, título de eleitor e documento reconhecido firmas em cartório ou apenas enviar
um e-mail de onde estiver com o pdf do meu documento assinado por um certificado.

Marcos Figueiredo, CEO da ECW Certificação Digital