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Contabilidade e a lei de Lavoisier

“Na natureza nada se cria, nada se perde tudo se transforma” (Lei de Lavoisier).

“Na natureza nada se cria, nada se perde tudo se transforma” (Lei de Lavoisier).

A CONTABILIDADE é uma ciência que mesura e registra os fatos e atos administrativos, de um determinado patrimônio vinculado a uma Entidade, e tem como seu percursor o monge Lucas Pacioli, onde desde 1494 sofreu inúmeras alterações, findando com a adoção dos princípios internacionais da Contabilidade.

Com o advento dos princípios internacionais, com a globalização e a inteligência artificial, agregado a diversos sistemas de obrigações tributárias idealizadas pelo agente arrecadador, seja ele federal, estadual, municipal, trabalhista e previdenciário, tem afetada substancialmente a CONTABILIDADE.

O profissional de CONTABILIDADE deve se reinventar, pois o simples exercício dantes fornecidos tais como: setor de pessoal, setor fiscal e setor de contabilidade, com a inserção da tecnologia da informação ficou mecânico possibilitando a inserção da inteligência artificial e dificultando a valorização dessas atividades.

Mas, seguindo a teoria da evolução das espécies, o profissional de contabilidade deve se transformar, em CONTROLLER, AUDITOR, PERITO ou ASSESSOR, mas para essa mudança se faz necessário melhor desempenho motivada por uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, que o transforme em um profissional globalizado.

E é essa transformação que afeta a decisão de continuidade e sustentabilidade dessa atividade, mas o tempo é prova incontestável de que, para a sua manutenção dentro do mercado laboral, e os profissionais e educandos devem saber que essa seletividade exige uma AÇÃO e ATITUDE que possam lhe capacitar e qualificar esses serviços.

As características mínimas necessárias para qualquer profissional adentrar no mercado, exceto as demais, são:

  1. Habilidade;
  2. Competência;
  3. Eixo Prático;
  4. Relacionamento Humano;
  5. Criatividade;
  6. Idiomas;
  7. Tecnologia da Informação;
  8. Inteligência Artificial.

A maioria dos profissionais que atendem a esse mercado está sendo afetados seriamente em sua carteira de clientes e consequentemente na valorização de seus honorários, e se não houver sua mudança de oferta de serviços fatalmente fará parte das estatísticas declinantes.

Pessoalmente, me preocupam os educandos em formação, aqueles que estão se especializando, estão adentrando no mestrado ou fazendo doutorado, com base na CONTABILIDADE, sem visualizar essas transformações derivadas da globalização e da inteligência artificial, pois certamente encontrarão dificuldades para manter essa atividade.

“É fato que a globalização e a inteligência artificial afetarão diversas profissões, principalmente a contabilidade, administração, gestão, e demais.”

A busca de alternativas é a uma verdade incontestável, como a AUDITORIA, quer seja interna ou externa, a CONTROLADORIA, a PERÍCIA inclusive a ASSESSORIA, são especialidades que exigem características para o seu desempenho, mas não garante a sua colocação ou recolocação haja vista o nível de desemprego e seletividade do mercado.

A sociedade está buscando profissionais generalistas que possam desempenhar diversas funções, pois as empresas desejam contratar profissionais com esse perfil, já que em sua totalidade busca a redução de custos e despesas para conter a concorrência e a crise econômica.

Muitos buscam empreender, mas para isso, se faz necessário maior conhecimento do produto, praça, preço e promoções, além de manter um planejamento estratégico sustentável que possa receber as transformações que o mercado exige para isso o gestor empresarial deve se preparar caso em contrário seu empreendimento tende a se exaurir.

A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE é um recurso indispensável para que os formandos e formados possam obter condições de sobreviver nesse mercado seletivo e muitos não estão se adequando, daí podemos entender esses procurarão outras atividades para conter seus orçamentos.

E o mais gritante é que a remuneração tendo em vista a grande oferta fica cada vez menor, deixando o profissional sem opção, ou buscando alternativas completamente diferentes, tais como motorista de aplicativos e demais.

É bem verdade que a CRISE ECONÔMICA afeta principalmente os países que abriram seu mercado para outros países e que essa competitividade abale consideravelmente a sociedade trabalhadora, que vê como alternativa a saída do país, mesmo que estando em outro país se empregue em atividade completamente diferente, mas, sustentáveis em relação à remuneração, por exemplo, Portugal, muitos que para lá se dirigem estão oportunidade melhores mesmo que seja em outras profissões.

O grande problema é que a CRISE ECONÔMICA tem prazo para findar onde acredito que o país retorne a sua normalidade, mas nesse intervalo muitos que se foram não desejam retornar, formando um fosso de profissionais que seu país de origem precisa, eis aí um grande questionamento.

Se analisarmos a história dos fatos quando comparados com outros países, muitos que lá se estabelecem com segurança, emprego, educação e saúde de qualidade tendem a medir diversos outros fatores para equacionar e alimentar seu processo decisório, e acreditem muitos não desejam retornar a seu país de origem, e isso é lamentável.

Não tenho dúvidas que o Brasil está perdendo muitos profissionais que preferem viver em outros países onde já se estabeleceram e isso implicará na força motriz necessária quando a crise econômica for normalizada.

Afora outras variáveis intrínsecas e extrínsecas existentes que norteiam a estabilidade social, econômica, política do país.

Quiçá, possamos buscar a estabilidade desejada no menor espaço de tempo possível, pois se perdurar o RISCO é verossímil.

AUTOR: ELENITO ELIAS DA COSTA, contador, auditor, analista, assessor, Vice presidente da APROCON/Ce, pesquisador, professor universitário, escritor, palestrante, nada mais que um sobrevivente.